sexta-feira, 18 de julho de 2008

Último Post

Este é o fim de Hei-de ir a Maputo.

Quando comecei o blog não imaginei que este me fosse acompanhar por toda a minha aventura em Moçambique. Felizmente fiquei aqui com um registo para recordar os momentos. Obviamente é só um auxiliar de memória, uma vez que muito mais fica por contar.
Apesar de a ideia do blog ter sido essencialmente escrever para mim próprio, foi muito bom poder partilhar as minhas aventuras, sentimentos e por vezes algumas palermices com todos os que as quiseram ler.
Agradeço os comentários que fizeram e que ainda vão fazer.
Não podia deixar de fechar o blog que foi também um meio de estar mais perto e de imortalizar algumas peripécias inacreditáveis.

FIM

Despedida

Disse um sábio homem que as despedidas devem ser tristes...

A minha despedida de Moçambique entre o dia 23 e 24 de Maio foi alegremente triste. Ficou a certeza de que a minha passagem por Moçambique foi uma experiência intensa e muito boa que recordarei com gosto. A certeza que fiquei com amigos para sempre e que são para mim muito especiais.

A despedida consistiu de um jantar organizado à última da hora e à pressa (como seria de esperar, tendo em conta quem eram os organizadores) que só foi possível devido à minha querida Marta e à sua capacidade de conseguir que as coisas resultem por mais improvável que isso pareça. A comida foi caril ou qualquer coisa do género, mas eu não a provei, uma vez que estava ocupado com as minhas emoções.

O convívio (não foi propriamente um jantar, por via da falta de meios) foi bonito com a tristeza alegre que falei. Faltaram algumas pessoas que muito me agradaria que lá estivessem (mas nem sempre se pode ter o que se quer...) e continuou no sitio onde tinha de continuar: no Gil Vicente. Que saudades do Gil...

No dia da partida o pequeno almoço serviu para me despedir de mais três boas amigas, que muito significaram e que tornaram a minha experiência muito melhor. Depois um almoço com colegas da EFACEC. A tarde foi passada com a mesma pessoa que a maior parte da noite anterior: a Filipa. Tanto carinho que tenho por ela e que bom foi tê-la conhecido.

Depois veio o aeroporto. Senti bastante a falta de uma pessoa na minha despedida e no aeroporto senti ainda mais. Ele que por brincadeira era o meu pai em Moçambique (alguém pensou até que era o meu avô) mas que foi mais como um irmão mais velho. Nunca pensei que pudesse ter como um dos meus melhores amigos alguém com idade para ser meu pai, mas depois conheci o Tavares. De resto estava lá quem devia estar. Abraços emocionados de despedida. À adorável Marta. Ao Manel, esse grande amigo, que é uma das melhores pessoas que conheço apesar de o tentar disfarçar. A uma outra pessoa muito especial e que muito me ajudou que começou por ser o Engenheiro Conceição e acabou como o companheiro João. Já no avião recebi uma mensagem que muito me fez feliz e que ainda guardo no meu telefone. A minha despedida foi partilhada com a do Pico. Uma feliz coincidência poder partilhar a despedida com outra pessoa tão especial como ele, o que tornou tudo ainda mais intenso. O abraço a este bom amigo foi já em Portugal, mas nem por isso menos sentido!

Assim foi a minha alegremente triste despedida. Estou feliz pois tudo foi como devia ter sido.

PS: Além de triste, como diz o sábio, acho que as despedidas devem ser lamechas, daí este post...

quinta-feira, 8 de maio de 2008

O regresso

Antes demais quero pedir aos meus estimados leitores (e aos que não estimo também) muitas desculpas. Gostava de vos dar uma explicação para a minha ausência. Mas não dou.

Estive 1 mês e três semanas em Angola e foi uma experiência bem diferente de todas as que já tinha tido.

Não vou dizer mal de Angola!

Não vou dizer que Luanda é suja, esburacada, cheia de trânsito, com polícias que são ladrões, que os preços de tudo menos da gasolina são ridículos, que a maior parte das pessoas são muito agressivas (apesar de ter conhecido muita gente muito simpática), que existe um clima tenso, que os seviços são péssimos, que falha a luz e a àgua quase sempre, que achei que fiquei lá tempo demais.... Não vou dizer nada disso. Vou dizer que gostei das praias e da barragem onde fui e de comer lagosta com a frequência que costumo comer frango, em Portugal. E mais nada! Não digo mais nada!

Deixo fotos (copyright: Paulo Botelho):





quinta-feira, 13 de março de 2008

Trânsito

Luanda é a cidade com mais trânsito onde já estive. Definitivamente!

E ainda não vi tudo. Uma vez o motorista da efacec perguntou-me "ainda não apanhaste nenhum engarrafamento, pois não?" tinhamos acabado de demorar 10 minutos uma rua que a pé faria em 5...

sábado, 8 de março de 2008

Hei-de ir a Luanda

Ainda hoje estou aqui e amanhã já estarei lá...

segunda-feira, 3 de março de 2008

Atribulações

Na última sexta-feira aterrei no Maputo à hora prevista.

Como previsto a fila para mostrar o passaporte era grande e demorei à volta de meia hora para pedir o visto.

As malas chegaram rapidamente e nada parecia poder correr mal. Só tinha de esperar que me entregassem o passaporte com o respectivo visto.

Quando ao fim de meia hora ainda nenhum passaporte tinha sido entregue (exceptuando o de alguns VIPs que, provavelmente ofereceram um refresco à pessoa certa) comecei a estranhar.

Quando ao fim de uma hora de espera ainda não tinha sido entregue nenhum passaporte tive a certeza que alguma coisa estava a correr mal.

Finalmente, depois de uma hora e meia veio alguém para nos informar sobre o que estava a acontecer: tinham acabado os vistos!! (como é que é possível deixarem acabar os vistos e porque é que demoraram uma hora e meia a perceber isso são questões ficam no ar)

Havia então duas hipóteses: esperar mais duas a três horas ou levar um "papelinho" (nome técnico do recibo que nos passaram para levantar o passaporte segundo a senhora agente que nos explicou o que tinha acontecido) e voltar ao aeroporto para ir buscar o passaporte com o respectivo visto. Apesar de ser bastante apelativa a opção de ficar no aeroporto mais umas horitas com a agradável temperatura que se fazia sentir (à volta de 40 graus) sem comida e depois de uma viagem de mais de doze horas, tive de optar pela solução papelinho, uma vez que já tinha almoço combinado...


Quando voltei para ir buscar o passaporte tudo correu bem, excepto o facto de o troco do meu visto ter sido extraviado...

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Mais um aniverário

Um par de semanas depois de o meu blog ter ganho vida, o google, apercebendo-se das potencialidades de Hei-de ir a Maputo, resolveu dedicar uma equipa ao estudo analítico do meu blog. Esta equipa trabalha dia e noite, tendo como função anotar quem visita o meu blog, como lá chega, de onde vem, quanto tempo lá fica, quantas páginas visita, qual o browser que usa, etc. (É um trabalho duro mas alguém tem de o fazer... Na verdade este foi considerado um dos dez empregos mais aborrecidos do mundo)


Essa equipa formada pelos melhores analistas a trabalhar no google começou o seu estudo exactamente há um ano.

Aqui ficam alguns resultados que:

Visitas: 6785


Páginas visitadas: 15273


Tempo médio por visita: 3'43''


Top 10 dos países mais visitantes:

Portugal: 3915
Moçambique: 1766
França: 164
Túnisia: 148
Holanda: 115
Espanha: 95
Brasil: 90
Estado Unidos: 82
Dinamarca: 78
Alemanha: 56


Origem das vistas:

Links de outros sites- 44,61%
Acesso directo- 39,01%
Motores de pesquisa- 16,37%


Top 5 de links:

http://blogger.com/ 769
http://jguerreiro-mz.blogs.sapo.pt/ 448
http://kaputodeblog.blogspot.com/ 268
http://leo-nomundo.blogspot.com/ 213
http://damadooriente.blogspot.com/ 127


Top 5 de palavras chave mais pesquisadas:

hei-de ir a maputo: 239
jguerreiro-mz: 81
he-man dúzia cliché: 30
jguerreiro.blogspot.mz: 29
maputo: 18

Máximo número de visitantes num dia: 31 (26/03/2007)


Índice de desenvolvimento blogosférico

Mapa com os países blogosfericamente mais desenvolvidos

domingo, 27 de janeiro de 2008

Um ano depois

Há um ano atrás criei este blog umas horas antes de partir para o desconhecido.
Não sabia (nem me atrevia a pensar) que ia gostar tanto de lá estar...
Lembro-me de nos primeiros dias achar que ia ser difícil aguentar 9 meses. Depois comecei a achar que os conseguia aguentar, desde que conseguisse abstrair-me das coisas más. Mais tarde comecei a achar que até poderia gostar e passar uma boa temporada, por fim deixei de pensar e apenas desfrutei.
A pergunta impõe-se: o que é que mudou neste ano? A resposta é fácil: tudo!!!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Ano Novo

Primeiro com um banho de champanhe festejei a entrada do ano em Moçambique. Depois saltei para o novo ano dinamarquês. Por fim numa contagem fora de tempo festejei a entrada do ano português no vazio coconuts.
Bom ano!