quinta-feira, 29 de março de 2007
Chuva
Mas, depois da tempestade vem a bonança...
quarta-feira, 28 de março de 2007
Chidenguele - mais um fim de semana fantástico
Desta vez resolvemos ir para Chongoene, mas estava tudo cheio, por isso fomos um pouco mais para norte, para Chidenguele.
O começo da jornada não foi o melhor. A partida estava marcada para as 19h00 e só saímos mais de 1h30 depois, à saída de Maputo enganámo-nos no caminho, encostámos à berma que pensávamos ser de terra batida. Era areia atolámos. Toca a empurrar o carro de novo para a estrada. A meio da viagem paramos para comer um prego no pão (desta vez conseguimos) e beber uma 2M. Com isto perdemos para aí uma hora, o normal... Valeu pelo Alberto, um moçambicano que se juntou a nós durante o nosso repasto. Continuámos a viagem e o pior estava para vir: uma estrada em péssimas condições que nos fez perder ainda mais tempo.
Chegámos ao lodge por volta das 3 da manhã e não havia electricidade (culpado: paiol...). A noite foi passada em claro (a língua portuguesa é demais, passei a noite na mais completa escuridão e mesmo assim não estou a mentir quando digo que a passei em claro...) devido ao muito calor que se fazia sentir.
O sábado foi bem melhor. Acordar (agora já estou a mentir, se não dormi como é que posso ter acordado?), ir tomar banho (ao Índico, bem entendido), pequeno almoço, praia (água, conversa com pescadores sul-africanos, rugby...) lanche, banho (chuveiro), jantar.
O Jantar foi bastante divertido aprendi um jogo que eu nunca tinha jogado e acabamos a noite em tentar (sem conseguir) ser dj's. Depois dormir.
Domingo foi mais do mesmo, o que não é nada mau. Voltamos a tempo para jantar com o Ferraz que fazia anos.
Fotos:
terça-feira, 27 de março de 2007
Casa nova II
A comida era tipicamente africana e a roupa também.
Aqui estão algumas fotos da casa e da festa.
segunda-feira, 26 de março de 2007
sexta-feira, 23 de março de 2007
«Foi pior que um terramoto»
«Os números ainda não são oficiais. As autoridades ainda não deram informações, no entanto, esta é a informação que dispomos. Já entraram no hospital pelo menos 10 mortos e 150 feridos. É muito provável que o número de feridos aumente. Há muitas pessoas que ainda não chegaram ao hospital porque as deslocações, mesmo de carro, são difíceis», contou.
Um outro jornalista do mesmo jornal explicou que a «situação já está mais calma» e que agora é tempo de «contar os estragos».
Eram 16:00 da tarde (15:00 em Lisboa) quando se ouviu uma explosão em Maputo. Tinha havido um acidente no paiol das Forças Armadas de Moçambique, o principal na capital do país, que fica no bairro de Malhazine, à saída de cidade.
«Pior que um terramoto
Filipa Simões é portuguesa e trabalha há quatro anos em Moçambique. A responsável financeira de uma empresa na aérea da construção civil contou ao PortugalDiário como tudo aconteceu. «Estávamos no escritório e começamos a ouvir os estrondos. De início não ligamos muito porque é normal haver algumas explosões em dias de muito calor».
A empresa fica nas imediações do paiol. «De repente, houve um grande estrondo e tudo abanou. Saímos para a rua mas era pior porque a onda de choque fez tudo abanar e partiu todos os vidros. Foi pior que um terramoto», contou Filipa.
No total diz ter ouvido cinco grandes explosões. A situação na avenida principal ficou caótica. «O pânico foi muito grande, ficámos sem saber o que fazer. As pessoas não sabiam para onde ir. Quando cheguei à avenida ainda vi objectos a cair», adiantou.
Projéctil no quintal
A explosão no paiol provocou danos numa extensão de vários quilómetros. «As zonas longe acabam por ser as mais danificadas devido a projecção de munições. Muitas atingiram bairros e por isso é dicificil saber os verdadeiros estragos. Ainda agora me contavam que uma pessoa está em pânico porque tem um projéctil de um metro no quintal. Pode explodir a qualquer momento», adiantou Atanásio Dimas.
Filipa Simões contou também que teve conhecimento de pelo menos duas casas que «foram abaixo» com a «chuva de munições». Dois pessoas terão morrido.
As causas das explosões ainda estão por apurar, no entanto, os 35 graus registados e o mau acondicionamento das munições surgem como os motivos mais prováveis para a tragédia.
Segundo a Lusa, as explosões não afectaram nenhum cidadão português, assegurou o cônsul de Portugal em Maputo, Eduardo Oliveira. Já Cavaco Silva, enviou hoje uma mensagem ao seu homólogo de Moçambique para manifestar o seu «profundo pesar e solidariedade» devido às explosões registadas em Maputo.
in Portugal Diário
(Filipa Simões fez o contacto 6 e foi minha companheira de casa durante o mês de Fevereiro)
Maputo em estado de sítio
Ontem um paiol que fica a 10 km de Maputo começou a arder e as munições que lá estavam a explodir.
Quando tudo aconteceu estava na EFACEC que fica a 3 km do paiol. Desde as 15h00 se estavam a sentir explosões, e às 16h30 houve uma muito grande. Sentimos o edificio a tremer durante vários segundos, vidros a partirem-se. Depois disto aconteceram, pelo menos, mais 4 grandes explosões.
Eu fui para a cidade estava tudo em pânico, o transito caótico, nunca tinha passado por uma situação destas. Estive com pessoas que tinham familia lá (a volta do paiol ficam dois bairros). Foi muito triste.
O mais incrivel é que já este ano aconteceu um acidente do género (em menor escala) e não se tomaram precauções nenhumas.
Felizmente eu estou bem e todos os que conheço também.
quarta-feira, 21 de março de 2007
Arrumadinho
Estou diferente. Muito mais arrumado. O meu quarto está sempre impecável, não há roupa espalhada, todos os objectos estão no devido lugar, pó nem vê-lo... Imagine-se que todos os dias tenho a cama feita.
Só ao fim de semana é que o quarto fica mais desarrumado, mas chega segunda-feira e volta a ficar num brinquinho.
Podem não acreditar, mas é verdade...
PS: A minha empregada chama-se Elisa, trabalha de segunda a sexta das 7h30 às 14h30. Cozinha muito bem e é muito eficaz nas limpezas.
terça-feira, 13 de março de 2007
Ponta do Ouro
Pequeno almoço no Nautilus (simpático café onde se encontra sempre alguém conhecido) e partir para a Ponta do Ouro.
O caminho é muito mau, cheio de buracos, o que torna a viagem muito dura (120 km em 3 horas). Para piorar bateram-nos no carro, nada de muito grave, mas sempre desagradável.
Quando cheguei à praia percebi que a viagem tinha valido a pena e quando entrei na àgua já nem me lembrava que estava muito cansado e com o corpo dorido.
A Ponta do Ouro é junto da fronteira com a Àfrica do Sul e mais parece que já passamos a fronteira. Os preços estão em Rands, quase nunca há troco em meticais, os empregados falam, por defeito, em inglês...
À tarde estivemos a jogar Rugby e mergulhar no fantástico Índico (que, de todos os que conheço, é o meu Oceano favorito). Além disso estivemos a observar um casamento que estava a decorrer a alguns metros de nós.
O jantar foi muito agradável, um peixinho muito bom acompanhado pelo tratamento para a malária*.
Depois fomos para a festinha onde estavam os convidados do casamento. Ainda deu para conhecer os noivos e dar-lhes alguns conselhos. No dia seguinte mais praia, mais rugby viagem de volta.
Mais um fim de semana em grande!
*A água tónica contém quinino, que é usado para o tratamento da malária. Por isso toda a gente aqui bebe disso, com um pouco de gin, porque só água tónica sabe mal...
segunda-feira, 12 de março de 2007
Casa Nova
quarta-feira, 7 de março de 2007
Maputo
O que mais me fez impressão foi a quantidade de lixo que se vê nas ruas. Há montanhas de lixo acumulado nos passeios que, de vez em quando, é queimado.
As pessoas atiram latas, garrafas e tudo o que calhar pela janela do carro, os homens fazem as suas necessidades para onde estiverem virados, pode ser para a estrada, passeio, rodas de carro o que quer que seja.
A gente é, normalmente, muito simpática (isto quando não estão ao volante...).
Tudo se compra na rua, o que se quer e o que não se quer... por todo lado se vêm bancas de fruta, de tabaco, pessoas a vender cartões de telemóveis, quadros, estátuas, t-shirts, cajus, tudo... Os vendedores têm como estratégia cansar as pessoas até elas comprarem alguma coisa, nem que seja um batik por 20 paus (60 cêntimos). Apelam ao sentimento: dinheiro para o chapa, para o jantar...
A vida aqui é sossegada, tudo se faz devagar. O tempo a isso convida, e mesmo que se queira fazer as coisas com alguma velocidade há sempre algum entrave.
A adaptação não é díficil, apesar de algumas situações que são desesperantes, como as demoras e lentidão do atendimento, a falta ou ineficiência de serviços básicos e de transportes as baratas e outros insectos em casa...
Claro que há outras coisas que compensam isto tudo...
Praia do Bilene
segunda-feira, 5 de março de 2007
Prego
-Não há, já acabou. Só no prato.
-Não há pão, é?
-Há pão, sim.
-Então, se há pão e prego no prato, porque é que não há prego no pão, que está na lista?
-O bife é diferente.
-Eu como com o outro bife.
-Vou perguntar se podem fazer.
...
-É impossível fazer prego no pão.
Coisas deste género acontecem com frequência. É o (prego no) pão nosso de cada dia.