quarta-feira, 7 de março de 2007

Maputo

Maputo é uma cidade muito diferente de todas as que conhecia. É uma cidade de contrastes. Grandes prédios e pequenas palhotas, avenidas imponentes e pequenos caminhos esburacados, gente esfarrapada a falar num telemóvel de última geração...

O que mais me fez impressão foi a quantidade de lixo que se vê nas ruas. Há montanhas de lixo acumulado nos passeios que, de vez em quando, é queimado.

As pessoas atiram latas, garrafas e tudo o que calhar pela janela do carro, os homens fazem as suas necessidades para onde estiverem virados, pode ser para a estrada, passeio, rodas de carro o que quer que seja.

A gente é, normalmente, muito simpática (isto quando não estão ao volante...).

Tudo se compra na rua, o que se quer e o que não se quer... por todo lado se vêm bancas de fruta, de tabaco, pessoas a vender cartões de telemóveis, quadros, estátuas, t-shirts, cajus, tudo... Os vendedores têm como estratégia cansar as pessoas até elas comprarem alguma coisa, nem que seja um batik por 20 paus (60 cêntimos). Apelam ao sentimento: dinheiro para o chapa, para o jantar...

A vida aqui é sossegada, tudo se faz devagar. O tempo a isso convida, e mesmo que se queira fazer as coisas com alguma velocidade há sempre algum entrave.

A adaptação não é díficil, apesar de algumas situações que são desesperantes, como as demoras e lentidão do atendimento, a falta ou ineficiência de serviços básicos e de transportes as baratas e outros insectos em casa...

Claro que há outras coisas que compensam isto tudo...


Lagoa do Bilene


Praia do Bilene

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