Este fim de semana fiquei no Maputo, mas nem por isso foi pior!
No Sábado de manhazinha depois de um pequeno almoço no Nautilus segui de chapa com a Leonor para o mercado de Xipamanine. Depois de uma bela viagem de chapa chegamos ao mercado. Xipamanine é surreal, uma feira onde se vende de tudo: artigos mercearia, de bruxaria, perucas de cabelo verdadeiro ou não... O que mais se vende é roupa. Chamam-lhe roupa da calamidade. É roupa em segunda mão doada por países mais ricos que depois é vendida ao preço da chuva. O mercado é um amontoado de tendas com chão em terra, corredores onde mal cabe uma pessoa, muita gente, barulho e muito, muito lixo. A Leonor comprou várias coisas, eu só comprei uma T-shirt. Deu também para a Leonor arranhar uma guitarra de um vendedor. Depois de estarmos fartos voltamos de novo de chapa para o nosso mundinho confortável. Durante a nossa viagem ao outro Maputo a única pessoa branca que vi foi a Leonor...
No domingo à tarde fui com o Antero dar a conhecer Maputo à Daniela (uma paulista que veio cá de visita e ficou hospedada em minha casa). Passámos pela baixa, praça 25 de Junho, antiga fortaleza, Caminhos de Ferro de Moçambique, praça da independência, centro franco-moçambicano, casa de ferro e por fim, jardim dos namorados para comer um gelado.
Depois disto fomos ao teatro. Foi de uma qualidade que me surpreendeu, com temas muito actuais, crítica à sociedade muito boa (apesar de não ter conseguido perceber tudo). Foi uma peça divertida e sarcástica que quase no fim virou drama e teve um momento muito triste e de revolta, tão intenso que me contagiou. Acabou tudo a dançar num final que não consegui perceber... Quem sabe um dia consiga. Em resumo, foi uma excelente peça, com bons actores e que me fez pensar. Pátria desabensonhada era o nome.
Para acabar o fim de semana fui comer meia dose de bife à escorpião que é bem mais do que duas doses em muitos restaurantes...
quarta-feira, 30 de maio de 2007
quarta-feira, 23 de maio de 2007
segunda-feira, 21 de maio de 2007
Mergulho
Mais uma vez fui à Ponta do Ouro no fim de semana. Desta vez para acabar o curso de mergulho. Depois de duas semanas de aulas teoricas e um mergulho na piscina já era tempo de mergulhar a sério.
Um nervoso miuidinho ao entrar para o barco foi-se dissipando com a divertida viagem até ao local de mergulho e com o aparecimento de um golfinho.
Quando lá chegámos, vestimos o BCD(colete insuflável onde está presa a botija) barbatanas e máscara... 3, 2, 1, go! Borda fora! Como combinado começo a nadar para a bóia, olho para o lado e reparo que vou ser o primeiro a chegar e por consequência o primeiro a descer... chego a boia tiro o ar do colete, mas não consigo ir para baixo!!! Reparo que ninguém consegue, sossego, penso, olho para o clint (instrutor) ele diz para me manter na vertical e parar quieto. Boa, assim é fácil. Impressão nos ouvidos não é muito grande. Olho para baixo, estou quase na areia! Chego e ajoelho-me na areia a 12 metros de profundidade, que sensação!!! Espetacular.
Depois deste fiz ainda mais três mergulhos (profundidade máxima 17,7 metros) que também correram lindamente.
No terceiro aconteceu algo insólito. Tinhamos de fazer um exercício que consistia em nadar 100 metros até à costa. Fomos devagarinho, mais a deixar-nos levar pela corrente do que a nadar. Quando estávamos já muito perto da areia notamos que toda a gente nos mandava sair rápido da água. Olhámos à volta e eramos os únicos no mar. Soubemos depois, que além de nós estava também um hipopótamo perdido na água.
Fica uma foto do grupo que fez o curso comigo:
Um nervoso miuidinho ao entrar para o barco foi-se dissipando com a divertida viagem até ao local de mergulho e com o aparecimento de um golfinho.
Quando lá chegámos, vestimos o BCD(colete insuflável onde está presa a botija) barbatanas e máscara... 3, 2, 1, go! Borda fora! Como combinado começo a nadar para a bóia, olho para o lado e reparo que vou ser o primeiro a chegar e por consequência o primeiro a descer... chego a boia tiro o ar do colete, mas não consigo ir para baixo!!! Reparo que ninguém consegue, sossego, penso, olho para o clint (instrutor) ele diz para me manter na vertical e parar quieto. Boa, assim é fácil. Impressão nos ouvidos não é muito grande. Olho para baixo, estou quase na areia! Chego e ajoelho-me na areia a 12 metros de profundidade, que sensação!!! Espetacular.
Depois deste fiz ainda mais três mergulhos (profundidade máxima 17,7 metros) que também correram lindamente.
No terceiro aconteceu algo insólito. Tinhamos de fazer um exercício que consistia em nadar 100 metros até à costa. Fomos devagarinho, mais a deixar-nos levar pela corrente do que a nadar. Quando estávamos já muito perto da areia notamos que toda a gente nos mandava sair rápido da água. Olhámos à volta e eramos os únicos no mar. Soubemos depois, que além de nós estava também um hipopótamo perdido na água.
Fica uma foto do grupo que fez o curso comigo:
quinta-feira, 10 de maio de 2007
Eu nasci para cantar
Como todos os que já me ouviram a cantar sabem (e os que nunca ouviram desconfiam) tenho voz de rouxinol e canto muito, muito bem. É a noção de ritmo, é a amplitude da voz, é todo um conjunto de qualidades que se juntam e fazem de mim um excelente cantor.
Mais uma vez isso ficou provado na noite de terça-feira no Karaoke do Gil-Vicente. Tenho pena de quem não teve oportunidade de assistir ao belo espectaculo em que fui acompanhado por mais algumas vozes (Leonor, Tico, Rafael, Ulla e Mikko) que, apesar de não serem de tão alta qualidade como a minha, também não são nada más...
Mais uma vez isso ficou provado na noite de terça-feira no Karaoke do Gil-Vicente. Tenho pena de quem não teve oportunidade de assistir ao belo espectaculo em que fui acompanhado por mais algumas vozes (Leonor, Tico, Rafael, Ulla e Mikko) que, apesar de não serem de tão alta qualidade como a minha, também não são nada más...
segunda-feira, 7 de maio de 2007
É porque não foi bom, o fim de semana na Ponta do Ouro...
Na sexta ao fim da tarde parti com o Pico, a Marta e o Manel para a maravilhosa Ponta do Ouro. A viagem fez-se bastante bem, demoramos um pouco menos de três horas.
Chegámos ao Motel do Mar, onde constatámos que a casinha que nos estava reservada não era nada má. Eu o Pico e o Manel fomos até ao bar do Lodge Kaya Kweru onde bebemos menos uma cerveja do que pretendiamos e depois estivemos a conversar na praia (a 10 metros da nossa casa por dois dias).
No dia seguinte fizemos praia desde manhã até meio da tarde altura em que eu e a Marta descobrimos umas belas pizzas, uma lojinha bem engraçada e, por fim, um excelente cantinho, numa brecha no arvoredo que existe à saída da praia.
O jantar foi no fishmonga e constou de uns excelentes calamares e uns camarões deliciosos. Seguimos (eu, Pico e Manel) para o Café del Mar para ver o Porto seguido do Naval. No fim de noite fomos ver como estavam os festejos de um casamento num lodge perto de nós, mas já estava a dar as últimas.
No domingo estávamos a ter um excelente dia de praia, quando o pico aparece com uma enorme picada de uma garrafa azul. Fomos ter com os salva-vidas que nos mostraram uma planta que é um remédio "original e próprio" para este tipo de acidentes, trata-se de um aloé em forma de batata frita, que se esmaga e se esfrega no sítio ferido. Eventualmente a dor passou e fomos almoçar umas pizzas.
Depois das pizzas: upa upa, para o Maputo. Atolámos duas vezes, mas até correu bem, a viagem. Em Catembe demos o que sobrou das pizzas a uns miúdos a quem ensinámos uns cânticos Portistas. Há mais seis ou sete adeptos portistas em Catembe!
Chegámos a Maputo e, para acabar em beleza, fomos comer um geladinho.
Chegámos ao Motel do Mar, onde constatámos que a casinha que nos estava reservada não era nada má. Eu o Pico e o Manel fomos até ao bar do Lodge Kaya Kweru onde bebemos menos uma cerveja do que pretendiamos e depois estivemos a conversar na praia (a 10 metros da nossa casa por dois dias).
No dia seguinte fizemos praia desde manhã até meio da tarde altura em que eu e a Marta descobrimos umas belas pizzas, uma lojinha bem engraçada e, por fim, um excelente cantinho, numa brecha no arvoredo que existe à saída da praia.
O jantar foi no fishmonga e constou de uns excelentes calamares e uns camarões deliciosos. Seguimos (eu, Pico e Manel) para o Café del Mar para ver o Porto seguido do Naval. No fim de noite fomos ver como estavam os festejos de um casamento num lodge perto de nós, mas já estava a dar as últimas.
No domingo estávamos a ter um excelente dia de praia, quando o pico aparece com uma enorme picada de uma garrafa azul. Fomos ter com os salva-vidas que nos mostraram uma planta que é um remédio "original e próprio" para este tipo de acidentes, trata-se de um aloé em forma de batata frita, que se esmaga e se esfrega no sítio ferido. Eventualmente a dor passou e fomos almoçar umas pizzas.
Depois das pizzas: upa upa, para o Maputo. Atolámos duas vezes, mas até correu bem, a viagem. Em Catembe demos o que sobrou das pizzas a uns miúdos a quem ensinámos uns cânticos Portistas. Há mais seis ou sete adeptos portistas em Catembe!
Chegámos a Maputo e, para acabar em beleza, fomos comer um geladinho.
quinta-feira, 3 de maio de 2007
quarta-feira, 2 de maio de 2007
1º de Maio
O primeiro de Maio em Moçambique é uma data bastante importante. Os trabalhadores de cada empresa organizam-se para reivindicarem melhores salários, melhores condições de trabalho, etc.
O irónico é que isto é feito em cima de camiões ou carros que vão publicitando a empresa e na rádio diz-se: "Esta empresa está representada por muitos trabalhadores, isso é muito bom sinal!"
A festa de ontem fez-me lembrar algo que se passa no Porto, também no início de Maio...
Milhares de pessoas vestidas com as cores da sua organização, a gritarem e a cantarem em cima de carros também "vestidos" a rigor. Depois de passar pela tribuna vai tudo para a festa onde (quase) toda a gente vai beber uns copos...
O irónico é que isto é feito em cima de camiões ou carros que vão publicitando a empresa e na rádio diz-se: "Esta empresa está representada por muitos trabalhadores, isso é muito bom sinal!"
A festa de ontem fez-me lembrar algo que se passa no Porto, também no início de Maio...
Milhares de pessoas vestidas com as cores da sua organização, a gritarem e a cantarem em cima de carros também "vestidos" a rigor. Depois de passar pela tribuna vai tudo para a festa onde (quase) toda a gente vai beber uns copos...
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