quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Natal em Moçambique



Tudo começou na sexta feira dia 22, com o almoço de Natal da EFACEC. O prato esclhido foi frango acompanhado com salada, feijoada e arroz. Depois do habitual discurso do sindicato e da leitura de uma mensagem deixada pela direcção foi tempo de comer e festejar com muita animação.

Franguinho à EFACEC Moçambique

O arroz estava mesmo quente...
deitava fumo mesmo com uma temperatura ambiente de 35º

As cozinheiras


No domingo tive um cheirinho de Natal norueguês. No núcleo das artes encontrei duas amigas norueguesas que me convidaram para ir comer risengrynsgrøt que é uma espécie de arroz doce com uvas passas que eles costumam comer na madrugada de dia 24.

Ulrikke, eu e Kjersti

A ceia foi na casa da Filipa para onde fui ao fim da tarde para a ajudar a preparar a ceia. Houve bacalhau e rabanadas, por isso foi mesmo Natal! Depois da bela ceia portuguesa ainda fui a casa das norueguesas provar mais algumas especialidades nórdicas.



Filipa a preparar a nossa ceia.
E que bem o fez...

As nossas fartu... rabanadas

No dia 25 o almoço de Natal foi de novo na casa da Filipa. O prato escolhido foi..... roupa velha, claro.

Escusado será dizer que nos entretantos destes momentos natalícios estive na piscina...

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Percurso casa-trabalho

Sem trânsito, porque está (quase) tudo de férias...

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Aquecimento global

Isto das alterações climáticas é mesmo um fenómeno estranho... Ainda há um mês tinha acabado o verão e agora já voltou.
E voltou em força!

domingo, 28 de outubro de 2007

Fim do verão

Tal como as previsões meteorológicas previam o verão acabou ao fim de nove meses...

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

50º post

Este é o meu 50º post neste blog e serve só para assinalar a efeméride.

Assim ao estilo das aulas nº 100 que alguns simpáticos professores nos deixavam comemorar nos tempos do ciclo e que eram tudo menos aulas.

Este post também é tudo menos um post. O próximo já será normal, ou pelo menos terá mais conteúdo.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Último fim de semana de estágio

E no último fim de semana do meu estágio escolhi ir para.... a Ponta do Ouro!

E que bom que vai ser... O tempo não está fantástico, mas vai dar para fazer um mergulhinho e uma praiazinha, e beber uma cervejinha fresquinha pela noitinha...

Vão faltar o Pico, a Marta e o Manel, companheiros de Ponta... Não se pode ter tudo.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Votação

O meu blog é um dos pré-nomeados para blog do ano. Para isso tive de passar por uma rigorosa fase de selecção, i.e. inscrição no site da Super Bock. Para se ser aceite é necessário ter um e-mail e um blog!!
Agora tudo depende dos blogonautas.
Espero que todos votem em consciência, ou no meu se a consciência disser para votar noutro.
O objectivo passa por fazer tão boa figura como a selecção nacional de râguebi no mundial.

As votações ainda não começaram.

Núcleo das Artes

Nunca aqui falei do Núcleo das Artes, não sei porquê. Este é para mim o sítio mais agradável para sair à noite em Maputo. Pena é que seja só ao Domingo...

Ao domingo no Núcleo há sempre música ao vivo e é quase sempre muito boa música. Ouve-se Reggae, Jazz, Hip-Hop ou uma mistura de tudo isso e mais alguma coisa. O ambiente é muito rastafari, sendo que toda a gente é divertida e simpática. Estão-se sempre a conhecer pessoas novas, estrangeiras e moçambicanas, quase sempre muito interessantes e com vontade de conversar.

Existe ainda um espaço que serve de oficina para os que lá trabalham durante o dia. Aí encontram-se espectaculares esculturas feitas dos mais variados materiais (para mim as melhores são as feitas de peças de armas...) e pinturas não menos boas. Muitos dos artistas estão lá para mostrar as suas obras e falar um pouco do seu trabalho.

É um excelente sítio para acabar o fim de semana.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Corrente

Fui desafiado para escrever 7 factos sobre mim. Disseram-me que se o fizesse, em meia hora algo de muito bom me iria acontecer, por outro lado, se quebrasse a corrente iria ser infeliz para sempre.

Movido pelo medo de quebrar a corrente e pelo entusiasmo do que me possa acontecer, apressei-me a escrever este post.

Junta-se o útil ao agradável e aproveito para contar 7 factos da minha vida em Moçambique.

1- Desde que estou em Moçambique formatei mais computadores do que cozinhei.

2- Já não sei o que é ter dificuldades em entrar no mar por causa da temperatura da água.

3- Tenho um dealer de DVD's piratas.

4- Estou moreno há 8 meses.

5- Tenho uma osga de estimação.

6- Não vejo televisão.

7- Tenho um blog que ontem foi acedido por 8 vezes através do google utilizando as palavras chave "he-man dúzia cliché".

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Faltam 18 dias

Faltam dúzia e meia de dias para voltar a Portugal!

Sempre que ouço a palavra dúzia penso em ovos.
Existe uma lei não escrita que diz que os ovos se compram aos múltiplos de seis (a não ser que se compre menos que a barreira psicológica da meia dúzia).

Deixando as divagações... Tenho a certeza que Portugal vai estar muito diferente quando lá chegar. Com isto não quero dizer que acho que Portugal tenha mudado. É tudo uma questão de referencial. Se considerarmos a origem do referencial em Portugal eu mudei, se (como será mais lógico) eu for a origem do referencial o que mudou foi Portugal.

A minha forma de encarar a vida mudou bastante com a minha vinda para Moçambique. Estou certo que mudaria fosse onde fosse, mas estou bem contente por ter sido aqui.
Aqui encontrei gente de todos os feitios (e cores...), fiz algumas belas amizades e conheci muita gente interessante. Se eu tivesse o poder (tipo he-man) todas as gentes teriam a amabilidade das gentes de Moçambique. Mesmo os turistas que conheci eram, em geral, turistas diferentes. Quase sempre com grandes histórias. Histórias para contar a algumas pessoas, pois há histórias que só quem passou por algo semelhante é que as vai perceber e sentir. E há histórias que só interessam contar a quem as pode sentir. Algumas só podem mesmo ser partilhadas com quem viveu o momento. São essas as melhores. Aquelas que se contam aos outros para se reviver o momento e não para que os outros saibam o que se passou (até porque normalmente já não é a primeira vez que ouvem).

Uma característica destes 8 meses e meio é que houve sempre gente a chegar e a partir. A chegada é fácil. A partida é menos. Na partida há sempre uma pequena tristeza, mas também uma grande alegria. Há sempre um pedaço de nós que parte, mas é (largamente) compensado com o pedaço de quem parte que fica connosco (que grande cliché, sim senhor. Mais cliché é díficil, só mesmo as fotos de Vilanculos).

Espero que os próximos 18 dias sejam como a maior parte dos outros, em grande!

PS: Espero que este post tenha mudado a tua vida, ou a minha, se o referencial fores tu...

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Estou bem

Para descansar todos aqueles que estão preocupados comigo devido à falta de posts nos últimos tempos, quero dizer que está tudo bem. Para o provar aqui ficam fotos do jantar do último sábado:







PS: Estes belos petiscos foram preparados pelos grandes chefes António Tavares e Fernando Ferreira. Quem sabe, sabe!

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Casamento

Depois de, com muita pena, ter falhado três casamentos em Portugal, eis que tenho a oportunidade de, com muita alegria, participar no casamento da D. Sónia.
O casamento terá lugar daqui a uma hora no Palácio dos casamentos e continuará com o copo de água no Salão de Festas da Fábrica de Refeições.
Estou muito contente por poder participar num casamento moçambicano, ainda mais sendo de uma pessoa (a mãezinha da EFACEC Moçambique) por quem tenho tanto carinho.

Acordos de Lusaka

Celebra-se hoje o 33º aniversário dos Acordos de Lusaka. Nestes acordos assinados entre o estado português e a FRELIMO, Portugal reconhece oficialmente Moçambique como um estado independente.

Foi muito bem pensado terem sido assinados neste dia, pois assim, passados 33 anos eu tenho direito a um fim de semana prolongado. Quero, por isso, deixar aqui uma palavra de agradecimento à FRELIMO e ao estado português.

Curiosidade: Estes acordos foram assinados em Lusaka. Coincidências...

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Kruger/Chidenguele/Inhambane/Vilanculos

Kruger Park

Alto Pescoço... Não deve é dar muito jeito para beber água de um rio...

Oh, que giro, bambis...

Estes lindos macaquinhos passam um terço do seu dia a catarem-se, um terço a dormirem e no outro não fazem nada digno de registo.

Impalas, impalas e mais impalas... chiça!! São piores que as formigas quando se deixa cair açucar na cozinha...

-Olha, cavalos brancos com riscas pretas!!!
-Nada disso, oh estúpido! São cavalos pretos com riscas brancas!


Que fofinho...

Mastronço



Chidenguele

Um pouco ventoso, este dia.

E frescote, também...

O melhor é ir para dentro e jogar snakes and ladders com o Tristan from Pretoria



Závora

Assim já gosto mais do inverno moçambicano!



Inhambane

Pequena cabana da primeira noite

Grande mansão das seguintes!

Excelente forma de começar o dia!

Até sabe melhor o almoço, com uma vista destas...


Vilanculos

"Só estou aqui porque não há ondas"

Que bonito aquário... Chama-se Índico, ou qualquer coisa desse género.

Bela praia, bela àgua, bela senhora sentada numa bacia...

...

Foto-cliche by Cláudia Barros

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Cães danados

Estava um belo dia de inverno na ponta do ouro, 25/26 graus de temperatura ambiente, 23/24 de temperatura da água. Depois de um belo dia de praia Jorge, Marta e Manel voltavam ao Motel do Mar para ver se Pico já tinha voltado ao reino dos acordados. Pico estava pronto a pagar, Jorge, Manel e Marta entregaram-lhe o devido e os quatro seguiram para a recepção.
O pagamento correu bem sendo necessário pouco mais de 15 minutos para que tudo estivesse resolvido. Quando os nossos 4 heróis se preparavam para partir, já com alguma saudade do seu refúgio de fim de semana, eis que reparam numa senhora americana horrorizada e a chorar compulsivamente. Pico, com a maturidade que os seus 25 anos lhe dão, dirige-se a um dos seguranças e questiona-o sobre a situação. Ninguém parece saber o que se passa, por isso Pico interpela a senhora americana que lhe explica o que se passou. É nesta altura que os 4 amigos reparam num jovem de ar taciturno e olhar ameaçador que os observa. É este o fuzileiro que a senhora americana teme.

Minutos antes, enquanto Marta lia uma revista e os seus três amigos tratavam das contas do motel, estava Trina (a senhora americana) sentada perto do mar quando dois cães vadios decidem juntar-se a ela. Trina, devido a todas as histórias de cães psicopatas que tinha ouvido durante a última semana, tentou afugentá-los, mas sem sucesso. Por ver que não valia a pena mandá-los embora, deixou-os estar por perto, fazendo com que qualquer pessoa que visse tal cenário pensasse que ela era a dona dos cães. Perto dali vagueava um jovem fuzileiro (Osvaldo Anjos de seu nome) que estava a gozar os seus 30 minutos livres com um passeio à beira mar. Sem razão aparente quando passa perto do cães, estes lançam-se contra ele. O maior, um rafeiro castanho, consegue mordê-lo, mas o fuzileiro com o sangue frio tão natural dos militares começa a atirar areia e os cães fogem. Na percepção do jovem Fuzileiro os cães afastaram-se não por causa da areia, mas sim por causa das súplicas de Trina para que parassem.

O fuzileiro ficou transtornado pelo acontecido, e pensando que os cães pertenciam a Trina, dirigiu-se a ela para que fosse com ele à polícia para ser responsabilizada pelos actos dos ferozes animais. Chegado ao pé dela o fuzileiro deu o que lhe pareceu ser um pequeno toque no braço, mas que a Trina pareceu um forte abanão que a assustou como nunca. Com medo, a frágil americana começou a dirigir-se para o seu abrigo, enquanto dizia que os cães não eram seus. Por seu turno, o jovem fuzileiro continuava a segui-la e a dizer-lhe que tinha de ir à polícia.

Quando Trina viu o restaurante do motel do mar não hesitou em entrar e pedir ajuda. Quem lá estava dentro indicou a recepção como o local para onde se deviam dirigir, e assim foi como se cruzaram com os nosso 4 amiguinhos.

Depois de cada um contar a sua visão da história, o recepcionista resolveu telefonar à polícia. O fuzileiro foi encaminhado para a clínica para receber tratamento, enquanto que Trina seguiu para a esquadra na companhia dos quatro. Entretanto foram chegando alguns fuzileiros e amigas de golfinhos (profissão das amigas de Trina). Os quatro amigos iam explicando a Trina e às amigas o que se estava a passar, e conversando com o superior do fuzileiro ferido que lhe explicava como se devia matar um cão com dois tiros. Nesta altura Pico sentiu-se nostalgico, uma vez que durante a tarde esteve a brincar com um dos cães sem saber que tinha menos de 24 horas de vida...

Quando chegou o fuzileiro do hospital iniciou-se um pequeno julgamento. A presidir estava o chefe Jaime. Para facilitar as coisas foi pedido a Jorge que traduzisse de português para inglês ou de inglês para português, conforme a situação. Como é seu costume, Jorge desempenhou esta tarefa na perfeição e até com um certo brilhantismo.

O pequeno julgamento começou com a versão dos factos do fuzileiro Anjos, seguido do relato por parte de Trina. Depois disto o chefe Jaime começou a balbuciar e o Comandante da polícia, experiente e sábio veio em seu auxilio. O seu discurso foi um discurso ponderado, com todas as palavras no sítio certo, fazendo excelentes analogias para que todos entendessem aquilo que ele queria a dizer. Neste discurso fez ver os presentes que os cães são racistas daí se terem sentado mansamente ao lado da senhora branca e atacado ferozmente o pobre fuzileiro negro, que não se pode responsabilizar alguém por actos de cães vadios, que um furo no estômago provocado por uma chave de parafusos é mais grave do que um inchaço na cara provocado por uma estalada e que os cães vadios da ponta do ouro não podiam se mortos pois os tiros assustavam os turistas. Conclui-se por fim que a ferida poderia ser tratada na clínica da Ponta do Ouro e que Trina não poderia ser responsabilisada.

Os quatro amigos seguiram para Maputo com a sensação de dever cumprido e bastante felizes e contentes sem fazer ideia do que lhes iria acontecer... Estavam eles a discutir se um cão pode ser racista e se uma fotocópia do passaporte autenticada é um documento de identificação válido para andar na rua, quando um poste de electricidade caiu em cima do seu carro e lhes ceifou a vida. Quanto a Trina Rasmunssen e a Osvaldo Anjos acabaram por se apaixonar e casar, sendo que Trina adoptou o nome do marido, chamando-se agora Trina R. Anjos.

NOTA: Os primeiros 7 parágrafos desta história são baseados em factos reais. O último parágrafo é baseado em factos imaginados.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Viagem atribulada

No Sábado às 10h30 parti com o Zé Pedro para Ponta do Ouro. A meio do caminho o motor começou a aquecer, pelo que paramos. Resolvemos que poderia ser falta de àgua. Por sorte estávamos perto do rio Maputo pelo que pegámos num garrafão e fomos ao rio encher. Nos campos por onde tinhamos que passar para lá chegar estavam duas velhotas a quem perguntamos se não havia problema em irmos ao rio. No entanto, as senhoras não falavam português, apenas shangaan, pelo que perceberam que queriamos que fossem elas a ir buscar a àgua. Voltaram com o garrafão mais um regador cheio de água. Depois de muitos kanimambos e obrigados voltamos ao carro e começamos a por água no radiador, mas por mais água que pusessemos nunca mais enchia, razão: o tubo que liga o radiador ao motor estava roto.
Resolvemos desmontar o tubo e tentar remendá-lo, mas isso não resultou. Depois de três tentativas sem sucesso e quando já tinhamos pedido ao Ferraz que nos trouxesse um tubo aparece um senhor de carro que nos indica um serralheiro a 300 metros de onde estávamos. Avançamos até lá e, afinal, o serralheiro é um mecânico e arranja-nos o tubo. Pagamos 300 meticais (+/- 9€) e uma cerveja a cada um dos mecânicos. E seguimos todos contentes até à Ponta.

O Problema


O Remendo

O melhor é deixarmos isto para os profissionais

...e relaxar.